domingo, 18 de outubro de 2009

Evento em Las Vegas, Nevada


Por Marilyn Bowden , tradução de Paulo Barata

Mais de 37 milhões de pessoas passam por Las Vegas, em cada ano, para testar a sorte nos cassinos ou perderem a si próprias no deslumbramento de mirabolantes shows em palcos ao nível do chão. Maharaji lembrou para as 750 pessoas que se reuniram lá para ouvi-lo, em um sábado quente e flamejante de fim de verão, que a maior sorte é estar vivo.


Las Vegas foi um dos vários pontos da tournée que atravessou o país, organizada por grupos de voluntários ávidos em convidar Maharaji para vir às localidades onde vivem. Neste caso, o pessoal de Las Vegas entrou em ação, coordenada com pessoas de três outras cidades (Albuquerque, Denver e Phoenix), na esperança de trazer Maharaji ao Sudoeste, disse Kristin Carlander, que serve de contato local para a comunidade de Las Vegas interessada na mensagem de Maharaji. Quando este grupo regional ouviu dizer que Maharaji estava particularmente interessado em visitar lugares onde nunca estivera antes, Las Vegas e Albuquerque moveram-se para o foco de atenção.


"Nós somos uma pequena comunidade", disse Carlander, "mas trabalhando no planejamento em conjunto com outras comunidades, isso nos fortaleceu e nos deu a segurança de que poderíamos realizar isso".


Las Vegas é uma típica cidade destinada ao lazer, na qual muitos de seus postos de trabalho tendem a ser de curta duração. Como resultado, a sua base residencial é transitória. Mas, de forma consistente, desde que Maharaji veio pela primeira vez aos Estados Unidos, há 35 anos atrás, Las Vegas tem sido um lugar onde a sua mensagem sempre esteve disponível.


Muriel Adler, uma antiga pianista que aos 78 anos ainda ensina piano, lembrou-se que a primeira vez que ouviu falar de Maharaji foi em 1972, através de amigos que tinham ouvido a sua mensagem de paz quando viajavam pela Europa. Maharaji esteve em seguida em Denver; Adler foi lá para encontrá-lo e logo começou a abrir a sua casa em Las Vegas para qualquer um que quisesse ouvir a mensagem dele.
"As pessoas vinham de todo o Sudoeste", disse ela.


Aproximadamente quarenta anos depois, muitas das pessoas que antigamente gastavam muito tempo e energia disponibilizando a mensagem de Maharaji em Las Vegas, não estão mais em condições de participar tão ativamente quanto estavam acostumadas. Entretanto, Carlander frisou, cerca de seis ou sete voluntários locais se comprometeram em ajudar a colocar este evento de pé.


Como Maharaji explicou, durante o evento, coordenar uma série de programas em pontos opostos e a muitas centenas de quilômetros afastados entre si, anunciados praticamente na véspera, é algo logisticamente exigente.


“O maior desafio para o time de Las Vegas foi aprender a responder rapidamente a uma mudança de última hora no calendário dos eventos”, afirmou Steve McPeters, um voluntário no time da gerência de eventos a nível nacional. “O time daqui respondeu lindamente ao desafio e mostrou um bocado de flexibilidade. Do meu ponto de vista, este programa foi muito, muito suave mesmo.”


Devido a uma mudança na agenda, disse Carlander, o time local viu-se entrando pelo feriadão do Dia do Trabalho sem terem conseguido fazer um contrato para o local do evento, o que só foi efetuado uma semana mais tarde. Começaram procurando por toda a cidade, até que alguém encontrou uma gerente de catering de um grande hotel, que estava trabalhando naquele fim de semana para uma festa de casamento. Ela confirmou que a data desejada estava em aberto e o time local correu para aquele hotel a fim de selar o negócio.


O nível de entusiasmo estava elevado. "Esta é uma cidade dura para se conseguir uma licença do trabalho, com pouca antecedência", disse Carlander, " porisso tem pessoas aqui que não conseguiram viajar para outros lugares onde houveram eventos. Também temos algumas pessoas mais velhas que não estão mais fisicamente em condições de viajar. Portanto já havia , a tempos, um forte desejo de fazermos um evento para Maharaji em nossa comunidade, mas o fato de saber que poderíamos realizar este objetivo foi muito fortalecedor."


Voluntários como Sheila Saint (que se lançou como gerente da 'Frente da Casa'), bravamente cuidaram das funções pelas quais tinham muita responsabilidade. "O termo 'Frente da Casa', que vem do teatro, tem a ver com tudo relacionado à recepção dos convidados", explicou Saint. Como o preenchimento das funções de coordenadores, nas áreas de acomodação e recepção, com os voluntários da região, assegurando para que tudo corra bem no dia do evento.


"Eu fiquei muito impressionada com o jeito com que pessoas ,que nunca tinham feito anteriormente algo semelhante, se lançaram em papéis de coordenação", ela disse.Saint, uma professora de alunos especiais, estava começando seu novo ano escolar e disse que a princípio ficou em dúvida se estava mesmo à altura daquela tarefa.


"Com o seu desenrolar, foi a experiência mais gratificante de sempre para mim, estava como que fazendo acontecer uma grande festa", ela disse. " Que time incrível essas pessoas formaram! Cada um demonstrou consideração e respeito. Era quase como que se eu não estivesse em Las Vegas, mas num mundo completamente diferente."


Para diminuir as despesas, Mc Peters disse que o time do evento optou por se preparar todo o evento em um só dia. Pelas 9 horas da manhã o salão de baile, onde se realizaria o evento, estava em grande atividade. Voluntários colocavam os cabos, ajustavam a iluminhação, faziam testes de de som; os câmeras procuravam vários ângulos para filmar e o time da acomodação contava e recontava as cadeiras. "Um dos desafios com que nos defrontamos", disse McPeters, " foi que os funcionários do local não dispuseram as cadeiras de acordo com o mapa que nós tínhamos em mãos, o que fez com o que o time de acomodação tivesse que dar uma pronta resposta à situação."


Ajudar em Las Vegas também foi uma experiência válida para os voluntários de outras comunidades do Sudoeste. "Isso ajudou como base, como fundação, para que nós do Arizona estejamos prontos para um evento por aqui, a próxima vez que surja a oportunidade", disse Deborah Slater, uma voluntária da comunidade de Phoenix. "Muitos de nós participamos neste evento, e espero que, como resultado, nós possamos fazer um trabalho preliminar e que consigamos convidá-lo a vir nesta área mais vezes."

Pelas 5 da tarde, tudo já estava pronto e uma quietude desceu sobre o hall cheio de gente. Depois de falar por cerca de uma hora, Maharaji abriu espaço a perguntas e comentários. Na resposta a um convite para visitar o Chile, ele aproveitou para compartilhar a sua perspectiva sobre o planejamento de um evento e a sua visão de como programas regionais poderiam conseguir inovações, como as de transmissões mundiais em tempo real.


""Ele tem uma visão incrível de para onde quer ir neste mundo e como ele quer que sua mensagem seja espalhada", disse Slater. " Saí com o sentimento de que eu quero ajudá-lo. Ele é sòmente uma pessoa e tem tanta coisa que quer fazer. Estar atento e aberto, para servir de ajuda neste processo, é muito excitante."


Para Adler o evento foi um sonho que se tornou realidade. Agora que só consegue se deslocar numa cadeira de rodas, ela não tem condições de viajar para vê-lo.
"Eu fiquei emocionada quando soube que ele estava vindo para Las Vegas", ela disse. "Por 37 anos eu tive a esperança de que ele pudesse vir aqui. Nunca tive algo tão precioso assim como o que ele me deu: a chance de poder vê-lo novamente."


Carlander disse que Las Vegas já está pensando em convidar Maharaji de volta, para um evento público. "Existem dois milhões de pessoas vivendo nesta área", ela disse, " e eu sinto que há uma grande necessidade."


Publicado no www.wopg.org